Quero chorar a minha vida tão soturna
Tombada de uma eterna escravidão
Debruço-me no solo do silêncio
Como uma lenha que queima o coração
Não pressinto ninguém que me levante
Mesmo que em soluços estremeça
Se ficar tombada a luz do dia
Vem à noite e eu adormeço
Ninguém pode socorrer-me nessa bruma
Pois é grande este meu sofrimento
Que o olhar mortal não pode ver
Apalpo-me apenas com o poema
Com os versos é que tomo os meus sentidos
É só nos sonhos que o amor eu posso ter
Nenhum comentário:
Postar um comentário