segunda-feira, 19 de outubro de 2009

vida de sonhos

Quero chorar a minha vida tão soturna
Tombada de uma eterna escravidão
Debruço-me no solo do silêncio
Como uma lenha que queima o coração

Não pressinto ninguém que me levante
Mesmo que em soluços estremeça
Se ficar tombada a luz do dia
Vem à noite e eu adormeço

Ninguém pode socorrer-me nessa bruma
Pois é grande este meu sofrimento
Que o olhar mortal não pode ver

Apalpo-me apenas com o poema
Com os versos é que tomo os meus sentidos
É só nos sonhos que o amor eu posso ter

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