Nas noites frias nas minhas meditações
A ventania às vezes me surpreende
As janelas que se abrem me assustam
Somente o vazio me entende
Não sei se tenho pulso sob esta palidez
E esta solidão que me apavora
Mas ainda sinto o sangue correr
Que me fortalece e me revigora
Quisera ver a vida numa nova evidência
E tal como as estrelas em tocante transparência
Brilhar, transparecer o amor que em mim reluz
Quisera ser a pétala sombria que se encosta
Na beira do riacho e divina se mostra
Perfumar o orvalho da nau que te conduz
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